quarta-feira, 16 de junho de 2010

Gênero textual: BIOGRAFIA



Ao trabalhar biografia na minha sala de 6° ano, fiquei surpresa com as dificuldades que surgiram.
Inicialmente parti do “simples para o simples”. Expliquei as características de uma biografia, fiz perguntas orais a respeito do gênero a meus alunos, e percebendo que eles haviam compreendido, pedi para que eles pesquisassem a biografia de um dos jogadores de futebol, que irão participar da copa do mundo.

Trabalhos entregues, grande foi minha...decepção ao detectar que a maioria da turma não havia entendido as características do gênero textual solicitado.

Muitos haviam, creio eu, colocado no Google o nome do jogador escolhido e pego a primeira NOTÍCIA que apareceu na tela e me trouxe como produto final da pesquisa. Outros ainda, copiaram as informações de cartinhas de álbum de figurinhas da copa, as quais tinham informações muito limitadas e não tinham características narrativas.
Então, resolvi que deveria trabalhar em busca de soluções para que os alunos pudessem elaborar suas produções com sucesso.

Em um segundo momento, levei livros paradidáticos para a sala de aula, os quais continham na sua maioria mais de uma biografia de autores, para apreciação em dupla.
Todos leram, posteriormente iniciamos uma conversação sobre quais as informações contidas nos textos lidos. Os alunos naturalmente foram citando as informações contidas no texto bibliográfico e eu as escrevi na lousa. Passei novamente a explicar o que eles já sabiam, pois foram os próprios alunos que me falaram as características.

Mais uma vez insisti na biografia, só que dessa vez de algum parente, pais ou avós.
Ao me entregarem as biografias, percebi que em muito tivemos êxito, pois a grande maioria da turma elaborou a biografia com muito zelo, dedicação e contendo as características textuais necessárias. No entanto alguns, poucos, fizeram a biografia como se fosse um questionário de perguntas e respostas.

Novamente pedi para que refizessem, acrescentando ao texto características narrativas, pois, não se tratava de uma entrevista, mas, sim de uma biografia
.

sábado, 22 de maio de 2010

EDUCASSÃO

A Evolução da Educação

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia. ...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda. Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.

Está certo?
( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

7. Em 2010 vai ser assim:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social não precisa responder)
( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

Em 1969 os Pais do aluno perguntavam ao "aluno": "Que notas são estas...???"

Em 2009 os Pais do aluno perguntam ao "professor": "Que notas são estas...???"

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


Passe adiante! Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive.

(Prof. Antonia Franco)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ESTUDO DE UNIVERSIDADE BRASILEIRA COMPROVA O QUE JÁ É AMPLAMENTE CONHECIDO NO MEIO INTERNACIONAL: O "CONSTRUTIVISMO", NA VERDADE, NÃO CONSTRÓI!!

A edição desta semana da revista Veja mostra, mais uma vez, que não é seguro se basear em modismos pedagógicos. O castelo que ruiu desta vez foi o famoso construtivismo. Segundo a reportagem, “mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um ‘método de ensino’. O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.”

Leia mais alguns trechos da reportagem: “A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: ‘O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas.’ Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo ‘do ombro dos gigantes’ que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel. [...]

“A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência". [...]

“Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. [...] De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.

“O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

Fonte: Criacionismo

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Nordestinês do Pernambucano!!!



Pernambucano não fica solteiro, ele fica "solto na bagaceira". (que linda palavra)rsrsrs...
Pernambucano não vai embora, ele "pega o beco". (Quem nunca disse isso hein?)
Pernambucano não diz 'concordo com você', ele diz:
issssso, homi!!!
Pernambucano não conserta, ele "imenda".
Pernambucano quando se empolga, fica com a "mulesta dos cachorro".(HAHAHAHA)
Pernambucano não bate, ele 'senta-le' a mão. (entra aí)
Pernambucano não bebe um drink, ele "toma uma". (Não só toma uma, como toma todas)

Pernambucano não é sortudo, ele é "cagado". (kkkkkk)
Pernambucano não corre, ele "dá uma carreira".
Pernambucano não malha os outros, ele "manga".
Pernambucano não conversa, ele "resenha".

Pernambucano não toma água com açúcar, ele toma "garapa".
Pernambucano não mente, ele "engana".
Pernambucano não percebe, ele "dá fé".
Pernambucano não sai apressado, ele sai "desembestado". (adoro essa palavra)
Pernambucano não aperta, ele "arroxa".
Pernambucano não dá volta, ele "arrudeia". (a melhor do dicionário)
Pernambucano não espera um minuto, ele espera um "pedacinho".
Pernambucano não se irrita, ele se "arreta".

Pernambucano não ouve barulho, ele ouve "zuada".
Pernambucano não acompanha casal de namorados, ele "segura vela".
Pernambucano não quebra algo, ele "tora".
Pernambucano não é esperto, ele é "desenrolado".
Pernambucano não é rico, ele é um cabra "estribado".
Pernambucano não é homem, ele é "macho".
Pernambucano não é gay, ele é "bicha".
Pernambucano não fica satisfeito quando come, ele "enche o bucho". (Quem nunca encheu o buchinho??? - kkkkkkkkkkkkk)
Pernambucano não dá bronca, dá "carão".
Pernambucano quando não casa, ele fica "amigado".
Pernambucano não tem diarréia, tem "caganeira".(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
Pernambucano não tem perna fina, ele tem "cambitos".
Pernambucano não é mulherengo, ele é "raparigueiro".
Pernambucano não joga fora, ele "avoa no mato".
Pernambucano não vigia as coisas, ele "fica tucaiando".
Pernambucano não se dá mal, "se lasca todinho".
Pernambucano quando se espanta não diz: - Xiiii! Ele diz: Viiixi Maria! Aff Maria!
Pernambucano não é chato, é "cabuloso".
Pernambucano não é cheio de frescura, é cheio de "pantim". (Pantim da gôta Homeee!!!!)
Pernambucano não pula, "dá pinote".
Pernambucano não briga, "arenga".
Pernambucana não fica grávida, fica "buchuda".

Pernambucano não fica bravo, fica com a "gota serena".
Pernambucano não fica apaixonado, ele "arrêia os pneus".

Pernambucano quando liga pra alguém não diz alô,atende e diz logo:- Tais ondi?



Vê se repassa pros pernambucano todim...Visse!

E o futuro nos espera


domingo, 11 de abril de 2010

NÃO SEJA PROFESSOR!!

O Ministério da Educação, por intermédio de um dos meios de comunicação mais poderoso, tem veiculado uma propaganda convidando os cidadãos brasileiros a serem professores; ele tenta convencer o telespectador de que essa profissão é uma das melhores do mundo, esquecendo que numa pesquisa nacional realizada há alguns meses, o professor era o quinto profissional mais confiável, atrás, pasmem!!!, dos advogados. Então, por que ser professor se tornou agora tão especial? Está faltando esse profissional no mercado? Por que será?

Respondendo a esses questionamentos eu digo:


Não seja professor: esse profissional perdeu a credibilidade de toda a sociedade;

Não seja professor: os empregadores desse profissional não têm o menor respeito por ele, deixam-no amedrontado para lutar pelos seus direitos, acreditando que se fizerem isso terão seu salário cortado, suas férias interrompidas, sua moral em baixa;

Não seja professor: as condições de trabalho desse profissional são as piores possíveis, quando ele tem o material não sabe utilizá-lo, pois não recebeu treinamento para isso e quando sabe, não o tem;

Não seja professor: ele é vítima do aluno, vítima da comunidade, vítima dos pais dos alunos que não acreditam em seu poder nem em sua autonomia para tomar decisões;

Não seja professor: o salário desse profissional em início de carreira é vergonhoso e para o que já tem algum tempo de serviço é desanimador;

Não seja professor: para que esse profissional tenha uma vida decente e possa usufruir de um mínimo de conforto, precisa usar o limite do cartão de crédito ou tomar empréstimo consignado, comprometendo ainda mais o salário injusto;

Não seja professor: a falta de funcionários de apoio e de segurança deixam esse profissional a mercê de todo tipo de indivíduos: armados, drogados, mal-intencionados;

Não seja professor: a carga horária desse profissional, para o tipo de trabalho que exigem dele, é extenuante;

Não seja professor: apesar das propagandas falando sobre a qualidade da educação, o que os governantes querem é quantidade: excesso de alunos em sala de aula e sendo aprovados sem ter conhecimento;

Não seja professor: a família transferiu para o professor a tarefa de educar, aconselhar, transmitir valores, cuidar da saúde física e psíquica, ou seja, o professor não é mais o mediador do conhecimento;

Não seja professor: é sua culpa quando o aluno não aprende, mas não é mérito seu quando ele entra na universidade, o mérito é do “cursinho”;

Não seja professor: ele não tem vida própria, vive em função dos que ditam as leis comportamentais, que só são punitivas se o profissional for PROFESSOR;

Não seja professor: esse profissional está longe de ser a profissão mais valorizada em nosso país, porque dele tiraram toda a dignidade, o prazer de ensinar, o valor, o respeito, a moral e a perspectiva de um mundo melhor.

Ser professor, no Brasil, é menos digno que ser advogado, médico, bombeiro, policial ou estar na vida política. Apesar de nos envergonharmos dos políticos do nosso tempo, somos responsáveis pela formação de todos os profissionais, incluindo esses, mas não somos valorizados por nenhum deles o que tira de nós o desejo de continuar realizando as nossas atividades.

Não queremos convites para ser professor; queremos um país digno que respeite e valorize seus profissionais, não apenas inflando seu ego, mas pagando-lhes um salário digno e dando-lhes melhores condições de trabalho, escolas mais equipadas, funcionários de qualidade, segurança e proteção. Queremos que o governo vincule o Bolsa Família à assiduidade e rendimento do aluno, assim a família vai estar mais presente e atuante na escola, as tarefas serão divididas e a sobrecarga do professor diminuirá e ele poderá, realmente, ser um profissional de VALOR.

Depois que tivermos qualidade na educação, melhores salários e condições de trabalho aceitaremos que o MEC volte a fazer o convite para ser professor, porque nas condições atuais, o ministério está fazendo propaganda enganosa.


Almirene Sant Anna

Graduada em Letras com especialização

em Língua Portuguesa e Psicopedagogia